quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Escola de MG começa o ano com salas improvisadas em garagens


Prédio da escola estadual de Gonzaga está em construção.Escolas públicas de AL, PR e MA também apresentam falta de infra-estrutura.


Em quatro escolas estaduais de Alagoas, Minas Gerais, Paraná e Maranhão os estudantes enfrentam uma rotina difícil na volta às aulas, com falta de transporte adequado, equipamentos ou professores. E muitas salas de aulas estão caindo aos pedaços.


Na cidade de Gonzaga, leste de Minas Gerais, as salas de aula são improvisadas em garagens, em prédios em construção e até na igreja da cidade. Desde que as aulas começaram, essa é a rotina de alunos da rede estadual.
Em novembro, parte do telhado de uma escola de Gonzaga desabou e o prédio foi derrubado; enquanto a nova escola não fica pronta, os estudantes precisam carregar as mesas e cadeiras de um lugar para outro. Em Ponta Grossa, no Paraná, os alunos voltaram às aulas e encontraram buracos no teto e no chão, vidros quebrados e vazamentos até dentro das salas. Segundo a secretaria de Educação, em 200 escolas as aulas recomeçaram com as reformas ainda em andamento.
Greves atrasam ano letivo de 2007
Em São Luís, as aulas de 2007 não terminaram. Foram três meses de greve no ano passado, e o ano só deve terminar em março no Maranhão. “Nós não vimos todo o conteúdo, isso prejudicou o vestibular”, conta uma aluna do último ano. Em Maceió, com as duas últimas greves dos professores e funcionários da rede estadual de Alagoas, o ano letivo de 2007 só vai terminar em junho. “Atrasa todo o processo da gente, que está numa fase importante da nossa vida. A gente não consegue concluir corretamente o ensino médio devido às greves, que acontecem com freqüência", reclama o estudante Gustavo Pereira. "Há um esforço grande de todos os diretores para que em 2010 nós estejamos junto com a secretaria, com esse calendário unificado", afirma o diretor de uma escola da capital Evanildo Fernandes. Outra consequência da falta de professores na rede pública em Alagoas: equipamentos parados. Numa escola, 24 computadores estão prontos para serem usados, mas os alunos nunca puderam sentar para aprender informática. Os computadores estão la há mais de dois anos – alguns até já ultrapassados, sem nenhuma utilidade. Em muitas escolas, faltam cadeiras novas e melhorias na infra-estrutura. Um delas não recebe pintura há 11 anos. “De a gente fosse ver todas as dificuldades que têm se apresentado, esta escola já deveria ter sido fechada há bastante tempo", admite a diretora, Maria Aparecida Barros.

Evasão
Esses problemas acabam colaborando para a evasão escolar em Alagoas, que chega a 30% na rede estadual. Edson Santana abandonou os estudos no ano passado. “Eles não dão estrutura para a gente estudar, para a gente aprender", afirma o rapaz. No interior do estado, a dificuldade já começa na hora de ir para a escola: na zona rural de Viçosa, a oitenta quilômetros de Maceió, as crianças se deslocam pelos trilhos de uma ferrovia desativada usando carrinhos de rolimã. No agreste, os estudantes viajam de pé, em ônibus lotados. “Tem dia que vai lotado, um em cima do outro”, conta uma menina. O município reconhece a superlotação no transporte e até março vai decidir se contrata novos veículos. A secretaria de Educação de Alagoas informou que até junho espera resolver os problemas de infra-estrutura nas escolas. Quanto à regularização do calendário escolar, somente em 2010.


*Fonte: Jornal Hoje - Tv Globo

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