quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Ministério da Saúde divulga novo mapa da dengue no Brasil

Nova avaliação nacional das informações sobre infestação por larvas do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, concluída em novembro, mostra que houve melhora dos dados este ano em relação ao ano passado. De acordo com o Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), em 2008, dos 2.324 estratos avaliados (áreas de 9 mil a 12 mil imóveis com características semelhantes) 1.344 apresentaram índice de infestação abaixo de 1%, considerada uma faixa satisfatória de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A quantidade de locais com este perfil em 2008 correspondeu a 57,8% do total de estratos avaliados. Em 2007, o percentual foi de 53,8% de um grupo de 2.130. Quando os locais avaliados (estratos) apresentam menos de 1%, significa que há menos de uma casa com larvas do mosquito da dengue para cada grupo de 100, no momento da realização desse trabalho.

Os dados foram divulgados pelo Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, hoje (20), em Brasília, acompanhado pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim. Na ocasião, ele informou que as Forças Armadas dispõem de 2,2 mil homens que serão capacitados para entrar no combate à dengue, caso seja necessário. Os militares serão treinados para inspecionar locais com risco de proliferação das larvas do mosquito que transmite a dengue e prestarão orientações à população.

Para Temporão, apesar da melhora apontada pela análise dos estratos, a dengue exige alerta constante e ações contínuas. “É importante que os prefeitos que se reelegeram e aqueles que vão assumir o cargo em janeiro dêem prioridade ao combate à dengue para evitar surtos e óbitos pela doença”, afirmou o ministro. “A população também deve contribuir colocando areia nos pratos dos vasos de planta, verificando se a caixa d’água está bem tampada, se a calha está desobstruída, eliminando a água parada em piscinas, não acumular lixo, entre várias outras medidas simples e eficazes”, acrescentou.

Das 161 cidades que fizeram coleta e avaliação dos dados, cinco estão em situação de risco de surto – Epitaciolândia (AC), Várzea Grande (MT), Mossoró (RN), Itabuna (BA) e Camaçari (BA). Na avaliação das capitais, 14 estão em estado de alerta, ou seja, os estratos apresentaram infestação entre 1% e 3,9%. São elas: Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES), Salvador (BA), São Luis (MA), Recife (PE), Natal (RN), Aracajú (SE), Maceió (AL), Belém (PA), Manaus (AM), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Boa Vista (RR) e Goiânia (GO).

As informações foram coletadas e avaliadas em 161 municípios com maior risco para a transmissão da dengue, entre outubro e a primeira quinzena de novembro. Entre as cidades que participam do levantamento estão as capitais, municípios de regiões metropolitanas, com mais de 100 mil habitantes, áreas turísticas e de fronteira. A amostra deste ano é maior do que a de 2007, que fechou com dados de 2.130 estratos de 146 municípios.

Mesmo com o aumento da quantidade de municípios e de áreas compondo a amostra nacional, caiu o percentual de estratos com maior risco para surto de dengue, passando de 10%, em 2007, para 6,3%, em 2008. Este ano, essas áreas totalizaram 147 contra 212, em 2007. São considerados locais de risco aqueles que têm infestação igual ou maior que 4% dos imóveis com larvas do Aedes. Quanto aos locais em alerta, houve uma tendência de estabilidade – 36,2% (772), em 2007, e 35,8% (833), em 2008.

O LIRAa é realizado anualmente pelas prefeituras com o objetivo de identificar com antecedência as áreas de maior risco para a ocorrência de surto de dengue. Os resultados permitem a rápida tomada de decisão para o planejamento e a intensificação de ações de combate ao vetor da doença, assim como as atividades de mobilização, comunicação e de educação.

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