quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Em 6 estados, mais da metade das universidades tem desempenho fraco.

O desempenho de mais da metade das instituições de ensino superior em seis estados é insatisfatório, segundo dados do Ministério da Educação (MEC). A situação é mais crítica no Acre, onde seis das nove instituições, ou 66%, obtiveram nota 2 (de um total de 5) num indicador nacional que mede a qualidade dos cursos de graduação. As avaliações no Índice Geral de Cursos (IGC) abaixo de 3 são consideradas fracas.

Em segundo lugar, aparece o Mato Grosso. Das 50 instituições no estado, 32 (64%) receberam nota 2. Sergipe vem em seguida, com 7 das suas 11 instituições avaliadas como fracas. O levantamento feito com base nos indicadores divulgados na segunda-feira (31) pelo MEC aponta que os 13 estados onde o ensino superior tem mais deficiências ficam nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

As condições econômicas e sociais nesses locais, que influenciam o nível de estudo e de esclarecimento da população, podem ser algumas das explicações, mas a secretária da Educação Superior do Ministério da Educação, Maria Paula Dallari, ainda não arrisca apontar as causas dessas discrepâncias.

“O Inep está fazendo um estudo um pouco mais acurado sobre isso. Ainda não temos uma apreciação mais conclusiva neste sentido. São algumas hipóteses que estão sendo trabalhadas, mas prefiro esperar essa análise para ter uma opinião mais acabada.”

De qualquer maneira, ela afirma que as melhorias nos cursos serão cobradas de modo a “respeitar as peculiaridades regionais e as características de cada instituição”. “O IGC é um indicador que orienta tanto o MEC quanto a sociedade, acendendo uma luz amarela e alertando para o problema e o que deve melhorar”, explica.

Segundo a secretária, a política do MEC é a de adotar medidas que surtam efeito rápido para que a melhoria seja sentida logo.

“Cada instituição vai avaliar o que é necessário consertar. O que o MEC espera é uma mobilização das instituições, dos alunos, dos professores e dos pais dos alunos, para que o padrão da qualidade da educação melhore”, diz.
“O MEC precisa estar atento à qualidade da educação, que é um bem público. É como aplicar um remédio amargo para ver se resolve.”

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