quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Salvador (BA) - Continua onda de ataques criminosos.

A nova onda de ataques começou de madrugada. Bandidos explodiram o módulo no bairro do Engenho Velho da Federação.

Poucas horas depois, outro ataque. Bandidos que passaram em um carro metralharam o módulo policial de Areia Branca, em Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador. Uma viatura da Polícia Militar passava na hora e começou a perseguir a quadrilha. Na Estrada do Coco, o carro onde estavam os bandidos capotou. Eles tentaram fugir a pé. Houve tiroteio e três criminosos morreram baleados.

Às 14h30, mais um ônibus foi incendiado. Desta vez na Avenida Vasco da Gama, uma das mais movimentadas da capital. Quatro homens armados invadiram o coletivo da empresa Rio Vermelho, que fazia a linha Lapa-Itapuã, e obrigaram todo mundo a sair.

'Desce todo mundo. Rápido, rápido, que eu vou tocar fogo com todo mundo aí dentro', lembra o motorista Airton Assis como foi a ação dos criminosos.

'Todo mundo correu e ele dizendo vai, vai. Jogou o negócio lá e daqui a pouco eu só vi o fogaréu subir', relata o cobrador Gilvásio Fagundes.

Depois do ataque ao ônibus, os criminosos fugiram, segundo testemunhas, em direção ao Engenho Velho da Federação. O bairro foi cercado pelos policiais, que contaram com a ajuda do helicóptero da PM.

Na operação, policiais militares e civis prenderam oito pessoas. Três delas suspeitas de participar do incêndio de terça-feira (8) no fim de linha na Federação, onde um ônibus foi queimado deixando funcionários da empresa feridos.

Um rapaz confessou envolvimento. 'Quantos estavam com você', pergunta o repórter. 'Eu mais três', responde o suspeito Jefferson Santos. 'Porque fez isso?' questiona o repórter. 'Me chamaram, mas eu não sei quem deu a ordem não. Eu peguei fui', responde o suspeito .
Segundo as autoridades, a onda de violência que já dura mais de 48 horas é uma represália de bandidos por causa da transferência do traficante Cláudio Campanha, um dos chefes do tráfico de drogas em Salvador, para um presídio federal em Mato Grosso.

Onze ônibus foram atacados, sete deles foram destruídos pelo fogo. O governador Jaques Wagner disse que o policiamento na capital foi intensificado e que não descarta a possibilidade de chamar a Força Nacional. Mas por enquanto não há necessidade porque considera a situação sob controle.

'Nós estamos fazendo esse reforço com tropas que normalmente não vão à rua, por exemplo o Choque ou outras companhias que estão sediadas no interior e que vieram fazer o reforço, semelhante ao que a gente faz no momento de um grande evento como o Carnaval, onde a gente desloca muita gente pra cá e não necessariamente a gente chama a Força Nacional de Segurança', afirma o governador Jaques Wagner.

No fim da tarde, mais três pessoas foram detidas. Segundo a polícia, todos têm ligação com os ataques ou com tráfico de drogas. A polícia informou também que está investigando de que presídio saiu a ordem para a onda de violência.

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